sábado, 30 de maio de 2009

O lado lúdico do jiu-jítsu



Esporte e educação são atividades que trazem muitos benefícios para o desenvolvimento do ser humano, isso ninguém dúvida. Entretanto há quinze anos era quase impossível imaginar que o jiu-jítsu, esporte que causou polêmica na década de 90 poderia alavancar consciência social, disciplina e abrir portas para o mercado de trabalho fora do país. Na verdade a Arte suave sempre teve esse lado lúdico, mas o que mostravam era apenas o menos desportista da luta.
O tempo passou o esporte mostrou maturidade, provando que a disciplina nos treinos, nas competições pôde levar os praticantes a buscar novos horizontes. Ao longo desses anos pode-se observar que os atletas não são mais estereotipados como brigadores de rua, pelo contrário há praticantes de jiu-jítsu que são: professores universitários, juizes, advogados, médicos, jornalistas, como esse que vós redigi esse texto, enfim de diversos segmentos profissionais. Além claro, de serem requisitados para ministrar aulas fora do país.
É o caso do Jorge Britto, faixa preta da Gracie Tijuca que esta no Canadá. “Nunca tive tanto reconhecimento financeiro e respeito”. Analisa o campeão da Copa do Brasil.
Mas não é somente o mercado externo que os atletas almejam no caso do Gilberto Paesler, 29 anos, primeiro campeão Mundial da Gracie Tijuca, o meio acadêmico falou mais alto. Formou-se em direto pela Universidade Veiga de Almeida, atualmente dedica-se a estudar para concurso.
Mas a mudança não foi tão radical assim, apesar de sair do mundo das competições, Gilberto continua no jiu-jítsu, ele é professor da equipe Veiga de Almeida. “A dedicação, disciplina das 8 horas diárias de estudo para concurso adquirir no Jiu-jítsu. Temos que ter uma meta”. Comenta o campeão.
Mas da onde surgiu a Arte suave? O Jiu-jítsu começou na Índia pelos monges budistas. Preocupados com os constantes saqueamentos, os monges buscaram uma forma de defesa que tem como princípios básicos: a técnica, a alavanca e a base. Depois da Índia foi para a China e posteriormente para o Japão. Na terra do sol nascente, deu um grande salto, tornou-se conhecido. No Brasil o esporte chegou em 1914 através do lutador Mitsuyo Maeda, tendo como alunos a família Gracie que aperfeiçoaram a luta ao longo dos anos.
Somente no município do Rio de Janeiro estima-se que há cerca de três mil esportistas praticando o jiu-jítsu.

2 comentários:

  1. Demorou mas apareceu o blog deste competente jornalista e amigo Marlon, que ainda por cima, assim como eu, é um entusiasta deste magnífico esporte.
    Há tempos vislumbramos parcerias, com a finalidade de levar o jiu-jitsu no Brasil a um novo patamar. Podem esperar novidades virão, e com a mesma paixão e competência deste amigo.

    Forte Abraço,
    Raphael Alzuguir

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  2. Muito interessante essa matéria Marlon. É um esporte que realmente merece respeito, não conhecia a história (a origem) do Jiu-Jitsu.
    O Jiu-Jitsu tem contribuído socialmente para vários jovens excluídos do sistema (jovens carentes) para integrarem-se na sociedade, através da disciplina, do respeito mútuo e da idéia de coletividade.
    Bacana essa matéria! Parabéns! Sucesso!

    Renata Godoy - www.accba.org.br

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